ASSISTÊNCIA ESPECIAL
Grávidas podem viajar de avião, mas é recomendável consultar o médico antes. As passageiras gestantes têm direito a atendimento especial e prioritário nos processos no aeroporto, como despacho de bagagem, inspeção de segurança e embarque.
Cada companhia aérea tem suas regras específicas. Em geral, não há restrições em voos até 27 semanas (no caso de GOL e VOEPASS) ou até 29 semanas (LATAM, ou 27 semanas se o voo for pro Peru). Para gestações gemelares ou de risco elevado, regras especiais são aplicadas.
Por volta da 36ª semana (ou da 32ª semana, no caso de gêmeos), as companhias podem solicitar uma autorização médica específica, o acompanhamento presencial do obstetra ou, ainda, não autorizar o voo, caso a data provável do parto esteja próxima. Confira as regras:
Importância do pré-natal
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A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.
Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde:
– o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;
– o calendário de vacinas e suas orientações;
– a solicitação de exames de rotina;
– as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares;
– o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.
Vantagens do pré-natal:
– permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc. Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
– detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;
– avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
– identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma. Esta patologia constitui uma das principais causas de mortalidade no Brasil.
Principais objetivos:
– preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança (puericultura);
– fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
– orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
– orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam prejudicar o feto;
– tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
– tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez;
– fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;
– orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
– nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias.
A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende:
– parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas;
– respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
– disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
– promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento;
– informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor;
– espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje;
– direito da mulher na escolha do local de nascimento e coresponsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Fonte:
Ministério da Saúde. Assistência pré-natal